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Quinta-feira | 24 de Maio



QUINTA, 24  DE MAIO
20H30
Representação de
“Três Mulheres”
De Sylvia Plath
(Voz Humana / Portugal)

Três mulheres vestidas de branco. Branco sobre branco. A cor que em si contém todas, completa, cheia. Ou então a cor do nada, do vazio angustiante, sem definição, contornos ou identidade. A afirmação e o seu oposto, tal como na poesia de Sylvia Plath. As três mulheres são três Graças, deusas da fertilidade que dançam.. Uma dança macabra? Por vezes sim.
No espaço alguns objectos importantes. Uma cama – lugar de criação e destruição; uma selha com água, elemento primordial… papéis e mais papéis, lisos e em branco.
Esta é a visão. Ou a cegueira. Este é o parto.  (Raquel Dias)

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA:
Encenação e concepção visual: Raquel Dias
Interpretação: Ana Moreira, Margarida Cardeal e Raquel Dias
Luz: Carlos Ramos
Figurinos: Manuel Moreira
Cenografia e música: José Salgueiro





A AUTORA
SYLVIA PLATH (Outubro, 1932 – Fevereiro, 1963) foi uma poetisa, romancista e escritora de contos americana. Nasceu em Massachusetts, fez os seus estudos no Smith College e no Newnham College em Cambridge antes de ser reconhecida como poetisa e escritora. Casou com o poeta Ted Hughes em 1956 e viveram juntos, primeiro nos Estados Unidos e depois em Inglaterra. Tiveram dois filhos: Frieda e Nicholas. Após uma longa batalha contra a depressão e a separação de Ted, Plath suicida-se em 1963.

Plath deu continuidade ao género poesia confessional e ficou conhecida pelas suas duas colectâneas de poemas The Colossus and other poems e Ariel. Em 1982 ela foi a primeira poetisa a ganhar, postumamente, o Pulitzer Prize. Também escreveu The Bell Jar, um romance semi autobiográfico publicado pouco antes da sua morte.

Nos seus últimos poemas, Sylvia Plath visou de forma absolutamente directa a raiva, a ambivalência e a angústia femininas numa voz com que muitas mulheres se identificaram. Mulheres devoradas pelos seus filhos, meninas que matam o pai, mulheres subjugadas pelos homens, prisioneiras, mutiladas, transformadas em fantoches ou brinquedos, vazias, brancas, sem identidade nem vontade própria. Ela praticava uma espécie de terrorismo poético com o risco de rebentar a própria cara. O sufoco que muitas vezes a vida doméstica lhe provocava fica terrivelmente sublinhado na forma do seu suicídio, a cabeça dentro do forno.

Em Three Women Plath encena um psicodrama onde explora a sua percepção da maternidade como uma potencial libertação, exprimindo um sentimento de comunhão profunda com a vida e uma forma de transcendência do eu em tudo semelhante à que é produzida pela criação poética: “vejo-os a cair no mundo como estrelas…estes pequenos seres milagrosos…Estas imagens puras e minúsculas…Têm as solas dos pés incólumes. Como se caminhassem no ar”. Contudo, na poesia de Plath, cada afirmação traz sempre consigo o seu oposto: “poemas fracassados…imperfeições…anjos gélidos, abstracções”. Este tipo de imaginário hostil e violento reflecte a sua resistência em relação à armadilha da vida doméstica, aos papéis de esposa e mãe. Paradoxalmente foi precisamente neste contexto  e sob a ambivalência de sentimentos que a domesticidade lhe provocava que Sylvia Plath criou os seus melhores trabalhos.

A ENCENADORA
RAQUEL DIAS nasceu em Macau em 73. Fez o curso de teatro na Escola Superior de Teatro e Cinema e licenciou-se em psicologia no ISPA.

Desde então tem trabalhado com vários encenadores como Nuno Carinhas, José Wallenstein, Bruno Bravo, José Peixoto, André Gago, Manuel Coelho, Jorge Estreia, Jorge Fraga, Cristina Chaferovitch, Alexandre Lyra Leite e Helena Pimenta.

Fez parte, desde a sua fundação, do grupo de teatro Primeiros Sintomas onde desenvolveu um trabalho contínuo.

No cinema trabalhou com Raul Ruiz, Paulo Rocha, Manuel Mouzos, Ivo Ferreira, Edgar Feldman, Paulo Guilherme, Luís Alves de Matos, José Maria Vaz da Silva, António Borges Correia, Filipa Reis e João Miller Guerra.

Na televisão apresentou programas culturais, participou em novelas e séries.

Estreou-se na encenação com “ Relicário ou sms sweetheart”, uma criação individual. Estreou-se na realização com “ A Escada” uma curta-metragem de Raquel Dias e Edgar Feldman.

Em 2011 formou a associação cultural Voz Humana, juntamente com Ana Moreira e Margarida Cardeal, onde se desenvolve como criadora.

Quinta-feira | 31 de Maio

QUINTA, 31 DE MAIO
20H00
Comédia – Free YourMind | Namíbia

Representação de
“Depois dos lençóis”
de Yarú Cândido
(Projecto Musical / Luanda)
Encerramento do Festival

Quinta-feira | 24 de Maio

QUINTA, 24  DE MAIO
20H30

Representação de
“Três Mulheres”
De Sylvia Plath
(Voz Humana / Portugal)

Quinta-feira | 17 de Maio

QUINTA, 17 DE MAIO
18H30

Abertura oficial da IIª edição 
Festival Internacional de Teatro e Artes – Elinga 24 anos, Cerimónia de Premiação – Prémio Elinga Teatro
Comédia – Free YourMind - Namíbia

Cocktail



Representação de
“Uanga, o Feitiço” 
de Óscar Ribas
(Grupo Horizonte Njinga Mbande / Luanda)
                                      
UANGA, um romance folclórico angolano, como é classificado pelo próprio autor, retrata a sociedade africana luandense dos fins do séc. XIX, com os seus usos, costumes e tradições.   

ÓSCAR BENTO RIBAS, escritor e etnólogo. Nasceu  em Luanda, a 17 de Agosto de 1909 e  morreu em Portugal, a 19 de Junho de 2004. Iniciou a sua actividade literária ainda estudante. É considerado o fundador da ficção literária angolana.

Na sua obra revela-se profundamente preocupado com os temas da literatura oral, filologia, religião tradicional e filosofia dos povos de língua kimbundu. É disso espelho a vasta bibliografia produzida nos anos 60, onde se destacam Uanga - Feitiço (Romance Folclórico); Ilundo - Espíritos e Ritos Angolanos (1958,1975), Missosso 3 volumes (1961,1962,1964); Alimentação regional angolana (1965),  Izomba - Associativismo e recreio (1965); Sunguilando - Contos tradicionais angolanos (1967, 1989); Kilandukilu - Contos e instantâneos (1973),; Tudo isto aconteceu - Romance autobiográfico (1975),  Cultuando as musas - poesia (1992) e Dicionário de Regionalismos angolanos.

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
Encenação e adaptação: Adelino Caracol
Elenco: Neusa Marlene, Jeremias Caracol, Valdano Lukizaia, José Galliano e Alfredo Tala
Iluminação, cenografia e sonoplastia: Filipe Lucas e Nário Sá PInto
Produtor: Damião Kuvula 

O ENCENADOR
ADELINO CARACOL nasceu a 30 de Abril de 1965. Actor, encenador e director da companhia Horizonte Njinga Mbande, começou a sua carreira teatral no exército, num grupo de teatro designado TGFA. Em 1986, com Ezequiel Issenguele, funda o Horizonte. Tem uma vasta formação na área do teatro e do cinema, nos domínios da interpretação e direcção, tendo passado por países  como o Brasil, Portugal, Burkina-faso, Gabão,  a Namíbia e a Costa do Marfim.
A COMPANHIA 
Fundada em Outubro 1986, em Luanda, a companhia situa-se e desenvolve a sua actividade no Liceu Njinga Mbande. Integra professores e estudantes dos diferentes níveis de ensino, subdivididos em três escalões (séniores, júniores e infantis). Tem como actividades principais o teatro, a dança, a música, o desenho e a pintura. 
Ao longo do seu percurso, o Horizonte Njinga Mbande  recebeu vários prémios, entre os quais o Prémio Nacional de Cultura e Artes (2007, 2006) e o prémio DSTV Angola. Tem participado em diferentes festivais de teatro nacionais e internacionais (Festival Internacional de Teatro para o Desenvolvimento, do Burkina – Fasso, FITEI, 1ª Semana do Teatro Angolano na Namíbia, Festival de Teatro Intimista dos Países de Língua Portuguesa, FESTLIP, Festival Internacional de Teatro e Artes de Luanda, Festival de Teatro Alternativo de Jean Com, Espanha).

A companhia tem no seu historial vários protocolos de intercâmbio assinados (Protocolo de Intercâmbio com a Secretária da Cultura do Estado do Rio de Janeiro e a Escola Martins Pena, com o Grupo de Teatro Entrou Por Esta Porta, do Brasil, com o Bando Oludum, também do Brasil, com o Trigo Limpo de Portugal, com o Teatro Reactor do Porto, com Naif Therthe de França) e é
parte activa num sem número de projectos para o desenvolvimento do teatro e para a promoção da cultura nacional.